Conheça a história da primeira vacina veterinária do Brasil 

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Tudo o que você precisa saber sobre a primeira vacina veterinária do Brasil e como isso foi um marco para a história

As coisas nem sempre foram fáceis para quem tinha animais de estimação e animais de criação, afinal, houve um tempo em que não existiam vacinas que pudessem proteger os animais de doenças e bactérias. Isso foi evoluindo conforme a ciência também foi crescendo e se tornando o que é hoje, uma verdadeira referência. Todos os dias novas vacinas são criadas com o intuito de preservar a saúde dos animais, desde cachorros até cavalos e animais que não são necessariamente de estimação, tudo para que nenhum tipo de bactéria possa se alastrar.

. Essa mudança se deve a um homem chamado Oswaldo Cruz e, posteriormente, a Alcides Godoy, que no século XX tomou a iniciativa de criar a primeira vacina veterinária do Brasil.

Abaixo você confere um pouco mais sobre essa história e como esse momento se tornou um verdadeiro marco para a ciência.

A peste da manqueira 

A peste da manqueira, ou mal do quarto inchado, foi uma moléstia que assolou muitos animais durante o século XX, causando muitos prejuízos aos donos de gado da época. Não se sabe ao certo onde a peste teve início, mas na época pecuaristas mineiros procuravam entender o que estava acontecendo com os bezerros e bovinos mais jovens, que começava com uma febre e inchaço da musculatura do animal, principalmente na região chamada de “quartos”, causando atrofia dos músculos. 

Oswaldo Cruz 

Em 1903, Oswaldo Cruz convidou o então estudante de medicina Alcides Godoy para ser auxiliar acadêmico no Serviço de Profilaxia da Febre Amarela da Diretoria Geral de Saúde Pública e trabalhar na produção de soros e de algumas vacinas. No entanto, nesse período, Oswaldo Cruz já acumulava muitos trabalhos no cargo de diretor, fazendo com que a pesquisa sobre a peste ficasse em segundo plano, até que Alcides a retomou completamente. 

Alcides Godoy

Em 1906 Alcides Godoy viajou para Juiz de Fora, em Minas Gerais, a fim de realizar os testes finais sobre a sua pesquisa em volta da peste. Seria a primeira demonstração pública da vacina, mas Alcides não teve o resultado desejado, e alguns animais acabaram morrendo no processo. 

Quando voltou de Juiz de Fora, Godoy entendeu porque tinha dado errado: uma maior virulência do lote da vacina preparada para o teste. Depois de corrigir a falha, Alcides Godoy voltou até o local e finalmente as vacinas começaram a surtir efeito. Depois disso, o Instituto Oswaldo Cruz começou a fabricar e distribuir a vacina em escala comercial, isso a partir de 1908, e assim surgiu a primeira vacina veterinária do Brasil e do mundo.

Vale lembrar que após obter o registro da patente da vacina, Alcides Godoy efetuou também uma escritura de cessão com o propósito de incentivar a produção industrial da fabricação da vacina. Além disso, a verba obtida com a venda das vacinas cobriu diversos gastos e ajudou o Instituto com gastos em ensino, sem que precisassem recorrer a ajuda governamental. De acordo com dados oficiais, de 1906 a 1918, o Instituto Oswaldo Cruz produziu cerca de 7.111.698 doses da vacina contra a peste da manqueira, além de ter sido o produto biológico mais produzido da época, um verdadeiro marco para a ciência do século XX e para todas as vacinas que foram criadas desde então.